Por decisão judicial encontra-se suspensa a venda do Clube Hípico

Um grupo de associados do Clube Hípico de Maringá reuniu-se na quarta-feira e decidiu vender a área de 44.408,14 metros quadrados, localizada na avenida Harry Prochet 662, Jardim Montreal. Todo o lote foi avaliado em R$ 32.847.032,38, mas o valor definido na reunião foi vender por R$ 26.963.188,94, sem os R$ 5.884.843,44 estimados das construções e benfeitorias. No entanto, os efeitos da decisão da assembleia geral extraordinária estão suspensos por conta de decisão judicial, proferida pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que em tutela recursal suspendeu os efeitos de eventual deliberação de alienação do bem patrimonial objeto da AGE a ser realizada em dia 15, para não concretizar a venda, podendo a associação adotar as providências preliminares, “excetuada a celebração do negócio jurídico”.

Apesar das orientações, a assembleia acabou acontecendo. Um parecer jurídico coloca o ingrediente que pode impedir a negociação. De acordo com o artigo 61 do Código Civil de 2002 (atual regime de dissolução de associações), no caso da dissolução de associação, como o clube, não há a menor possibilidade de partilha do patrimônio líquido remanescente entre os associados. A expectativa é quanto o que se fará com o dinheiro da venda, no caso dela prosperar. Vão doar, distribuir, apesar da lei? O clube será reconstruído em outro local?

O Clube Hípico, atualmente presidido pelo médico Nelson Bagatin, é um dos mais tradicionais de Maringá e sempre teve seu nome ligado à chamada alta sociedade local. Foi fundado em 25 de junho de 1956 e possui uma grande estrutura, que inclui espaço para eventos. Com a pandemia, o clube fechou, a direção demitiu funcionários e deixou de alugar o salão de festas, o que refletiu em perda de receita.

O Clube Hípico de Maringá foi fundado em 1956

(Fotos: Google View/ Patrimônio Histórico)