Pesquisas: a manipulação na rede

Levantamento traz vários cenários e faz a mesma pergunta sobre apenas dois pré-candidatos

Há 10 dias a Visão Intelligence, de Londrina, entregou “pesquisa quantitativa de opinião pública”, com 41 páginas, e que vem sendo utilizada nas redes sociais e em aplicativos de mensagem por não trazer os nomes de todos os candidatos. Os números referentes a um dos cenários foram publicados por um site de notícias ligado à família Barros, que informou que a divulgação foi hoje, quando na verdade foi dia 1º de setembro. As entrevistas teriam sido realizadas entre 29 e 31 de agosto com 600 eleitores; o instituto, no entanto, não traz o nome do estatístico responsável.

A manipulação de números tem sido constante tanto tempo antes da eleição, e é utilizado como material de pré-propaganda. Nesta época é comum a realização de levantamentos internos, para os partidos políticos, e não para divulgação. Alguns utilizam os números da forma que lhes possa beneficiar politicamente, ou seja, publicando somente um dos vários cenários inseridos no levantamento. Em todos eles, por exemplo, aparece Wilsinho Matos (Podemos), que já afirmou que não disputará o cargo de prefeito.

Chama a atenção também o fato de perguntas sobre se o eleitor já ouviu falar de somente dois dos vários pré-candidatos: o vice-prefeito Edson Scabora (MDB) e o ex-prefeito Silvio Barros (PP). O instituto é o mesmo que apontou a aprovação de 79% da administração Ulisses Maia (PSD), mas não informa quem foi o contratante.

Em Maringá, como já se verificou, há pesquisas circulando para todos os gostos, todos sem o estatístico, profissional essencial para a aferição real. Uma das mais recentes teria apontado o ex-prefeito Carlos Roberto Pupin em terceiro lugar.