Quem fica e quem sai

Aguardando as próximas mudanças no secretariado, por causa das eleições – mas nem todas as substituições acontecerão, como o de Sandra Jacovós (foto), que permanecerá na Secretaria de Assistência Social enquanto o marido será candidato ao cargo ocupado hoje por Ulisses Maia

A definição de substitutos em algumas secretarias municipais maringaenses, por conta das eleições deste ano, deixam por enquanto situações atípicas.

Primeiro – A saída de Sandra Jacovós da Secretaria de Assistência Social, Política sobre Drogas e Pessoa Idosa já foi descartada. Durante um almoço no sábado o deputado estadual Delegado Jacovós (PL), seu marido, anunciou que ela permanecerá na administração e que ele será candidato a prefeito – obviamente, não se oposição.

Sandra foi a primeira a ser anunciada este ano, ela saiu de férias e na volta iria começar a arrumar as gavetas. A pasta seria ocupada pelo educador social Josivaldo Souza Reis, superintendente da pasta. A ideia anunciada era de que seria vice do deputado estadual Paulo Rogério do Carmo (União Brasil). O acordo parece ter ido para o espaço.

Sandra Jacovós, ex-secretária em Sarandi, permanece na gestão Ulisses Maia (PSD), o que faz Ricardo Barros (PP), que de vez em quando aparece para ser secretário do governador Ratinho Junior (PSD), chupando o dedo. Ele queria porque queria o PL de vice do PP, que deve lançar o ex-prefeito Carlos Roberto Pupin.

Segundo – Na Secretaria de Saúde parece residir o maior problema, pois uma eventual “pedalada”, ou algo do gênero, em que funcionários fantasmas recebiam do Ministério Público sem integrar as equipes da estratégia do Programa Saúde da Família, vai deixar o pepino para o sucesso de Clóvis Augusto de Melo, pré-candidato a vereador. Quem aceitaria o risco de pegar uma secretaria que passará por um pente-fino em todos os cargos?

Duas denúncias teriam sido feitas ao Ministério Público Federal, já que o vencimento de possíveis fantasmas é feito mediante o envio de uma relação de agentes comunitários de saúde e de endemias, enfermeiras e médicos. O status da apuração será federal. Até agora, passada uma semana das denúncias terem chegado a vereadores, na Câmara de Maringá não se fala em apurar via CPI (há vereadores que já estão trabalhando contra e a oposição está congelada) e também a administração não emitiu nenhuma nota oficial.

TerceiroTerezinha Pereira, que recentemente trocou o PP pelo PSD, vai sair para ser candidata a vereadora (fez 159 votos em 2020 e ganhou a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres) ou eventualmente a vice de Edson Ribeiro Scabora (MDB). Ela luta para deixar na sua cadeira a ex-superintendente Eliany Alves Feitosa, que em agosto de 2022 foi acusada, junto com a secretária, de assédio, pela OAB local. Nunca mais se ouviu do caso, apesar de a denúncia ter sido enviada para vários órgãos governamentais.

Foto: PMM