“Ok” do Ministério Público Eleitoral livra mais um da Lava-Jato: Beto Richa

Trancamento de ação penal contra ex-governador teve aprovação de promotor eleitoral; caso envolveria suposto esquema de corrupção na concessão da PRT-323, cujo consórcio teve sede em Maringá

Da coluna de Cláudio Humberto:

Decisão assinada pelo promotor eleitoral Alexandre Ramalho de Farias diz que o Ministério Público Eleitoral “não se opõe” ao trancamento de ação penal contra o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). O processo, que tramita em segredo de Justiça, mas a coluna teve acesso, enrola Beto Richa em suposto esquema de corrupção na concessão da rodovia PR-323 para favorecer consórcio liderado pela Odebrecht [cujo escritório ficava em Maringá]. O pagamento seria via “Setor de Operações Estruturadas” da empresa.

O piloto – Richa foi alvo da Operação Piloto, braço da Lava Jato. Caderneta da empresa indicava pagamentos a um tal de “piloto”, que seria Beto Richa.

Na canetada – O ministro Dias Toffoli anulou acordo de leniência da Odebrecht usando como pretexto supostas mensagens entre Sérgio Moro e procuradores.

Invalidou – Para embasar seu despacho, o procurador cita decisão de Dias Toffoli que viu “conluio processual” entre membros da Lava Jato e Moro.

Impunidade -Com delação e provas anuladas na canetada por Toffoli, o MPE não enxerga embasamento para uma peça acusatória contra o tucano.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados