Justiça é só um detalhe

Enquanto você, eu e todo mundo tem que seguir as regras, esses senhores parecem viver em um universo paralelo onde o peso da lei é um detalhe insignificante

Vamos combinar, né, meu bem? Tem certos políticos que parecem ter feito um curso intensivo de como desafiar a justiça e sair ilesos. Olha só essa turma de vereadores e pré-candidatos: Altamir da Lotérica (PSDB), Belino Bravin (PP), Odair Fogueteiro (PP) e o ilustre Zebrão (Republicanos). Condenações claras, provas evidentes, e mesmo assim, eles insistem em se perpetuar no poder. É como se tivessem encontrado a fórmula mágica para zombar da Justiça e dos cidadãos de bem.

Enquanto você, eu e todo mundo tem que seguir as regras, esses senhores parecem viver em um universo paralelo onde o peso da lei é um detalhe insignificante. Afinal, com mandatos nas mãos e filhos já na fila para sucedê-los, a impressão que dão é que a política é um legado familiar, e não um serviço público.

Belino Bravin, por exemplo, já está afiando os dentes para colocar o filho no poder, até ontem seu adversário, que pairava sobre as bases do pai em busca de votos. E Altamir da Lotérica? Esse já tem o herdeiro pronto para ocupar seu lugar no PSDB, como se fosse uma tradição de família. Enquanto isso, a justiça, coitada, fica lá, tentando acompanhar essa corrida de obstáculos que se arrasta por mais de 18 anos.

E a cereja do bolo? Um recurso atrás do outro, só para empurrar com a barriga a saída dos cargos até o fim do ano. Até lá, vão continuar usando e abusando das campanhas para seus sucessores, porque, afinal, o que são mais algumas multas ou sanções para quem já está tão confortável no trono?

É, minha gente, esse caso é a prova viva de que a balança da justiça anda meio torta. Quem tem o poder na mão parece não se preocupar nem um pouco com as consequências, porque, na prática, elas nunca chegam de verdade. E assim, eles permanecem lá, firmes, fortes e sem medo de absolutamente nada.

Da sua Desembargadora do Povo, Madame Savage.