Prefeitura pode devolver dinheiro a servidor coagido para doação eleitoral

MPT pede que Prefeitura de Curitiba devolva valores a servidores coagidos para doação em campanha de Eduardo Pimentel (foto)

O Ministério Público do Trabalho recomendou que a Prefeitura de Curitiba comprove a devolução ou não desconto dos valores cobrados de servidores públicos, como forma de doação eleitoral, supostamente coagidos pela compra de convites de um jantar partidário em apoio ao vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), candidato a prefeito nas eleições de 2024. O MPT ainda abre a possibilidade de retratação ou retificação espontânea para cumprimento da recomendação no prazo de 48 horas após a notificação.

A suspeita de coação de servidores da prefeitura de Curitiba levou à exoneração do superintendente de Tecnologia da Informação, Antonio Carlos Pires Rebello, nesta terça-feira (1º) , denunciado pela venda dos ingressos nos valores de R$ 3 mil, como forma de doação eleitoral para o candidato. A informação é da Gazeta do Povo (leia mais).

Se houver cargo comissionado do governo do estado com disposição suficiente, o MPT terá mais trabalho: consta que servidores de alguns órgãos estaduais, inclusive de cidades do interior, estão sendo coagidos pelo governo Ratinho Junior a colaborar com R$ 500 ou R$ 1 mil para a campanha do candidato a prefeito da capital. A primeira leva de colaboração foi há algumas semanas, em tese para custear o jantar de lançamento do candidato do PSD.