Caso Sinax: portaria institui comissão

Com substituição de membro, investigação para apurar responsabilidade no caso Sinax, ocorrido em gestões do PP há 13 anos, ganha ao menos 6 meses para concluir processo, aberto com base na Lei Anticorrupção

Oito anos depois de iniciada a Operação Arquivo, realizada pelo Gaeco na Secretaria de Patrimônio, Compras e Logística de Maringá, para investigar a contratação da empresa Sinax, feita na administração Silvio Barros II (PP) e que foi renovada na gestão Carlos Roberto Pupin (PP), eis que foi nomeada uma comissão na prefeitura para montar processo de responsabilização de pessoa jurídica. A portaria foi assinada pelo secretário de Compliance e Controle, José Luiz Bovo, que também era secretário nas gestões do PP.

O caso envolve desvio estimado à época em R$ 18 milhões e chegou a ser relembrado somente no finalzinho da campanha eleitoral de 2024, pelo ex-secretário de Logística, o coronel Paulo Sérgio Larson Carstens, que gravou vídeos que circularam somente em aplicativos de mensagem. Aliás, este foi o único gesto da campanha de Edson Scabora (PSD) que fez a campanha de Barros temer por uma reviravolta, mas o caso não foi para o horário eleitoral gratuito e não foi repercutido por decisão da campanha do ex-vice-prefeito. Na gestão Pupin, dinheiro da saúde teria sido usado para pagar a empresa, que tem sede no Rio de Janeiro.

A portaria nº 03/2025 da Seccompliance designou três servidores (Karina M. I. Spadari, Sibele F, Csucsuly de Oliveira e Ricardo da Silva Oliver) para compor a comissão que conduzirá o Processo Administrativo de Responsabilização de Pessoa Jurídica (PAR nº 002/2021 – Tipo 132), “referente aos contratos licitatórios nº 095/2012 e 480/2012, para a apuração dos fatos decorrentes desta contratação, referente a empresa – Sinax – Integração e Gestão de Processos Ltda- CNPJ nº 10.964.144/0001-11, apurando o enquadramento na lei nº 12.846/2013 [conhecida como a Lei Anticorrupção] em seu artigo 5º, e consequentemente, as sanções cabíveis”. A publicação assinala que houve a substituição de um membro da comissão e por isso o prazo para a conclusão foi estendido por 180 dias, prorrogáveis mediante justificativas. Hoje a Secretaria de Logística e Compras é ocupada pelo advogado Luis Guilherme Turchiari.

Foto: Arquivo/MN