Lendo a postagem sobre a ‘bancada dos desiludidos’, concluí que este é um sentimento que às vezes tenho, a vontade de largar tudo, deixar como está, parar este trabalho que parece infrutífero, o de tentar fiscalizar a aplicação do dinheiro público, fazendo um trabalho que é dos vereadores, deputados, senadores. Estou entre aqueles brasileiros, de certo modo privilegiados, que não dependem da saúde, da educação e do transporte públicos, e portanto sou, teoricamente, pouco atingindo pelos desvios de dinheiro público. Mas o sentimento de ser roubado, já que pago pesados impostos, o de Renda da fonte, adiantado, e como minha renda permite consumir acima da média dos brasileiros, pago ICMS, IPI, enfim no total deposito, compulsoriamente, quase 40% do que recebo, acima da média salarial dos trabalhadores brasileiros,. Ao tomar conhecimento de qualquer desvio ou má aplicação, como neste caso do Acervo, sinto renovado ânimo para prosseguir mais um pouco.
Por que faço isto? Aprendi a ser menos egoísta, a dar um pouco de trabalho em benefícios dos mais carentes e cada centavo, que com a nossa atuação conseguimos economizar, nos dá o prazer de um dever cristão cumprido. Espero não entrar para a turma dos desiludidos, tenho esperanças de podemos mudar as coisas.
Akino Maringá, colaborador