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Crônica

Maringá, mãe ou madrasta?

Do padre Orivaldo Robles:
padreorivaldoOs pioneiros desta cidade agregaram ao nome Maringá os qualificativos “novo” e “velho”. O novo desapareceu pouco depois; o velho continua até hoje para designar o bairro onde a cidade começou. Os que chegaram naqueles sofridos tempos eram homens rudes, de mãos calejadas e rosto queimado de sol. A maioria era competente em derrubar mato, queimar coivara e plantar café. Da língua pátria pouco tinha conhecimento. Não sabia que nome de cidade leva adjetivo do gênero feminino. Como fez, na construção “nossa amada Maringá”, o poeta e professor Ary de Lima, a quem me coube a honra de ter como colega no querido Colégio Gastão Vidigal. Com razão até maior do que outras, Maringá é feminina. Pois não se chamava Maria do Ingá, na canção que a batizou, a retirante nordestina e imaginária musa de Joubert de Carvalho? Todos os que por aqui passam dedicam-lhe elogios feitos com adjetivos ou pronomes femininos. Sempre escutamos: “Maringá é linda. Deve ser muito bom viver nela”.Continue lendo ›

Opinião

Paternalismo inconsequente

De José Luiz Boromelo:
mapa-do-brasilOs sinais de que a capacidade de endividamento do brasileiro está chegando ao seu limite são evidentes. Comerciantes reclamam de vendas fracas e do comportamento ressabiado do consumidor. Mesmo diante de campanhas publicitárias milionárias não se vislumbram mudanças em curto prazo. A conhecida lei da oferta e da procura impõe suas regras e determina o sucesso de qualquer atividade comercial, regulando naturalmente o mercado. Ocorre que alguns segmentos são tradicionalmente mais suscetíveis às oscilações na economia. As dificuldades no setor automotivo são apenas uma mostra do que vem pela frente. Mais uma vez as montadoras buscam o socorro do governo com o pires na mão. Como em outras incursões bem sucedidas ao Ministério da Fazenda, se fazem acompanhar do argumento manjado das demissões iminentes por conta dos pátios lotados, com o estoque de veículos superior a 60 dias de vendas. Esse tipo de pressão se tornou freqüente no momento em que os anteriormente contemplados com medidas protecionistas não conseguem desovar a quantidade absurda de veículos produzidos no País.Continue lendo ›

Opinião

Ônus da modernidade

De José Luiz Boromelo:
mobilidadeUm dos maiores problemas sociais na atualidade é a mobilidade urbana. Especialmente no Brasil onde o crescimento econômico se mantém em ascendência, a demanda por produtos e serviços acentuou-se de forma vertiginosa, criando lacunas em diversos setores. Com o aumento do poder de compra o consumidor passou a adquirir bens duráveis e o veículo automotor ganhou a preferência na lista de prioridades das famílias. Nunca se comercializou tantos veículos no País quanto na última década. O resultado da conta evidentemente é desfavorável para o usuário do sistema: as vias públicas há muito perderam sua capacidade de escoar com eficiência o fluxo excessivo de veículos, tendo como causa imediata congestionamentos e transtornos diários. As ruas e avenidas projetadas no passado não atendem às necessidades atuais e carecem de adequações que amenizem os efeitos danosos que a lentidão do trânsito provoca na economia e no cotidiano das pessoas.Continue lendo ›

Opinião

Caso de polícia

De José Luiz Boromelo:
ilustraVereadores maringaenses criaram uma CPI para investigar ações da administração municipal no combate e prevenção da dengue por conta da situação caracterizada de epidemia na cidade, de acordo com os números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. O balanço aponta a notificação de 4.778 casos da doença entre janeiro e março de 2014 e 1.193 confirmados, com a ocorrência de duas mortes. Apesar dos esforços das secretarias envolvidas no mutirão de limpeza e fiscalização a infestação continua alta e em ascendência, sobressaindo-se o pouco ou nenhum empenho de muitos moradores na prevenção à moléstia. Os apelos do Secretário Municipal de Saúde em suas incontáveis aparições nos meios de comunicação parecem não ter atingido o objetivo. Não por falta de competência, disposição, iniciativa, eloquência ou qualquer outro adjetivo a ser atribuído ao titular da pasta no exercício de sua ingrata função. Certamente utilizou-se de toda sua desenvoltura e experiência na área para tentar incutir nas pessoas o mínimo de preocupação com os riscos iminentes que se avizinhavam. Continue lendo ›

Opinião

O gargalo da irresponsabilidade

De José Luiz Boromelo
Contorno NorteTrinta e cinco minutos para percorrer pouco mais de dois quilômetros. Seria um tempo razoável se a distância fosse vencida com as próprias pernas. Naquela sexta-feira de sol escaldante o trânsito teimava em simular o caminhar pachorrento dos quelônios. Em ambos os sentidos da via a situação idêntica de lentidão irritava os motoristas. Se a coisa estava complicada antes, ficou pior com a inauguração daquilo que se apregoava como um alívio para o já conturbado trecho urbano da importante rodovia federal que atravessa a Cidade Canção. Há que se ter determinação e autocontrole invejáveis para superar (sem alterar demasiadamente os batimentos cardíacos) o obstáculo equivocadamente inserido naquela confluência sensível, de modo a testar os limites da paciência dos usuários da rodovia. Qualquer leigo no assunto que se obrigue a transitar por aquele local (em qualquer horário) tem plenas condições de enumerar com toda propriedade os desacertos no polêmico e milionário projeto de engenharia, um legado de modernidade para os maringaenses.Continue lendo ›

Opinião

50 anos do golpe militar

De Wilson Quinteiro:
wilson-quinteiro-1O evento que ocorreu no dia 31 de março de 1964 e que instaurou o início da ditadura militar no dia 1º de abril completa 50 anos em 2014. A Ditadura Militar foi um momento marcante na história do Brasil, que mudou para sempre a visão política dos brasileiros. De um momento difícil como esse, foi possível aprender, que o medo de uma nação pode ser usado como instrumento para a consolidação de um extremismo ideológico, que acarreta em uma falta de liberdade. Com a renúncia de Jânio Quadros (PTN) em 1961 o posto de presidente foi assumido por João Goulart (PTB), o Jango, que assumiu um discurso considerado de esquerda para a sociedade da época. Seu discurso preocupou as elites que viram ameaçado o seu poder econômico. A instabilidade política, a crise econômica e as reformas constitucionais propostas por Jango trouxeram medo à população, e formaram o cenário propício para o Golpe de 64.Continue lendo ›

Opinião

Um breve relato sobre nossa história política

De Fúlvio B. G. de Castro:
FulvioA impressão que tenho é de que a história do Brasil começou a ser contada a partir da chegada do PT ao governo federal, para algumas pessoas, pois a população perdeu a memória dos outros 501 anos do nosso país. Haja vista que se esqueceu dos 389 anos de império onde éramos uma colônia, dos 41 anos da república velha onde se alternavam primeiro os militares no poder e depois as oligarquias cafeeiras e do leite, período chamado de política do “café com leite”, depois “estado novo” quando o Getulio Vargas chega ao poder com um golpe de estado e governou até 1945. Chegada do presidente Dutra ao poder, aliás, a primeira eleição “verdadeiramente democrática” para presidente e com o voto das mulheres que até então eram cidadãs de segunda categoria. 1950 Getúlio Vargas é eleito presidente da república, a primeira e única vez que chegou ao poder pelo voto popular e se mata durante seu governo.Continue lendo ›

Opinião

Pelos buracos da peneira

De José Luiz Boromelo:
copaAntigamente era costume utilizar a expressão “tapar o sol com peneira” quando se queria ocultar algo evidente e notório ou nas ocasiões em que as pessoas não tinham o controle da situação. Expressão atualmente em desuso, eis que o conhecido ditado popular cai como uma luva nos acontecimentos que deixaram personalidades públicas em maus lençóis, com transmissão ao vivo em rede nacional. É sabido que o brasileiro não tem o hábito de guardar para si suas emoções, preferindo externá-las especialmente nos locais de grande concentração de público. Isso inclui evidentemente todo tipo de manifestação sonora em que se destaca a conhecida e mundialmente utilizada vaia. Os apupos têm alto poder contagiante e o contemplado com essa inesquecível “honraria” passa por momentos constrangedores, totalmente submisso e impotente diante do coro ensurdecedor a que é momentaneamente submetido. Continue lendo ›

Opinião

A construção de barragens e o drama das enchentes

Do padre Genivaldo Ubinge:
Genivaldo UbingeO rio Madeira é o maior rio do Estado de Rondônia, recebe água dos Rios Beni (Bolívia), e Guaporé, que por sua vez recebe água de outros rios do Estado e da Bolívia, na altura de Costa Marques, passando por Guajará-Mirim e Nova Mamoré; chama-se rio Mamoré, na altura do distrito de Araras e passa-se a chamar rio Madeira passando por Porto Velho. Neste foram construídas duas barragens. A de Jirau (mais acima) e de Santo Antônio (mais próximo de Porto Velho). Neste ano, em 6 de fevereiro, as águas do Madeira chegaram a 16,28 metros, bem próximo do nível de alerta que é 16,40 metros já anunciando para uma cheia histórica. A última grande cheia ocorreu em 1997, quando atingiu 17,52 metros, pouco mais de 1 metro acima do nível de alerta. No domingo, dia 9, o Madeira atingiu 19 metros, 2,60 metros acima do nível de alerta e já se constatou a maior cheia dos últimos 50 anos. Mais de 10 mil pessoas foram removidas de suas casas e prédios de serviços públicos e instalações dos portos da capital Porto Velho estão alagados.Continue lendo ›

Opinião

Uma análise da situação da mulher brasileira

Por Tania Tait:
TaniaTaitA mulher brasileira alcançou, em um século, patamares de poder e participação na sociedade antes inimagináveis. Muitas conquistas foram obtidas pelas brasileiras, notadamente a partir da Constituição de 1988, quando feministas e mulheres de várias organizações se reuniram para entregar aos constituintes a Carta das Mulheres Brasileiras, que culminou com a inclusão de muitas reivindicações. Saliente-se o artigo 5.º, que trata da igualdade de direitos entre mulheres e homens.
No mundo do trabalho, as mulheres estão mais qualificadas e leis como a promulgada em 2012, punindo empresas que diferenciam salários entre mulheres e homens para as mesmas funções, fez jus à essa presença de forma igualitária. Discussões a respeito de licença-maternidade, aposentadoria, aborto e saúde da mulher, entre outros temas, passam a fazer parte das agendas políticas. Em relação à escolaridade, as pesquisas apontam que as mulheres estão com mais anos de estudo que os homens, o que possibilitaria credenciá-las a melhores vagas no mercado de trabalho.Continue lendo ›

Opinião

Os caminhos da democracia

De José Carlos Boromelo:
democracia01O brasileiro sempre buscou a democracia e a história mostra toda a dificuldade para prevalecer a vontade da maioria, mesmo que isso resultasse em conseqüências indesejadas. Assim foi nos episódios importantes que marcaram o País e mais recentemente no Movimento das Diretas Já de 1984 ou na deposição do presidente em 1992. Os sentimentos que moviam multidões nos tempos da repressão não eram apenas desejos de mudanças. Nos eventos muitas vezes reprimidos com violência se pleiteava o respeito aos direitos elementares do cidadão. Os manifestantes ocupavam as ruas para defender suas ideologias, que julgavam relevantes para a coletividade e tinham objetivos específicos (nem sempre compreendidos como legítimos), mas que resultaram em conquistas que perduram até hoje. Dessa época fervilhante e saudosista pouco restou. Continue lendo ›

Opinião

Forças da natureza

De José Luiz Boromelo:
apagaoMais uma vez o País sofre com interrupções de energia elétrica que causam transtornos imensos para a população. Os apagões se tornaram freqüentes deixando prejuízos, irritação e a sensação de que as coisas podem piorar ainda mais. Num ano atípico em que os índices pluviométricos ficaram muito abaixo da normalidade para o período, as altas temperaturas contribuem para o aumento no consumo de energia, agravando a situação. Os reservatórios das regiões sul e sudeste estão com suas reservas comprometidas, caso a estiagem se prolongue por mais tempo. As usinas termoelétricas foram acionadas e trabalham a todo vapor para suprir parte da demanda, num momento delicado para o setor. Nem o governo nem o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) podem afirmar com precisão as causas da interrupção. As informações são desencontradas e variam de sobrecarga na rede a raios que poderiam ter atingido as redes de transmissão.Continue lendo ›

Opinião

A arte imita a vida

De José Luiz Boromelo:
beijoO primeiro beijo da história do cinema aconteceu no filme “The Kiss” gravado em 1896, nos primórdios da sétima arte. O beijo foi filmado pelo inventor da lâmpada Thomas Edison e a cena que durou 20 segundos protagonizada pelos atores May Irwin e John Rice causou escândalo na época, chegando até ser censurado. No Brasil a história registra como pioneiros do beijo na televisão a atriz Vida Alves e Walter Forster na novela “Sua vida me pertence”, de 1951. De lá para cá muito coisa mudou. Os tempos são outros e os valores que norteiam a sociedade idem. Prova disso é o sensacionalismo criado por conta da exibição do último capítulo da novela que se findou. Continue lendo ›

Opinião

O preço da democracia

De José Luiz Boromelo:
rolezinhoO Brasil se mostra cada vez mais o país dos modismos passageiros. É só alguém surgir com alguma mania qualquer, postar na Internet e pronto: o vídeo acaba “bombando”, com centenas de milhares de acessos. Nossos internautas não são nada exigentes, conferindo compartilhamentos e outras baboseiras a coisas que nada têm a ver com a índole desse povo naturalmente ordeiro e trabalhador. Felizmente aquilo que não carrega conteúdo logo cai no esquecimento e por aqui não é diferente. Quem não se lembra das ridículas “pulseiras coloridas do sexo” que deixaram muitos pais de adolescentes de cabelos em pé, ou da insípida “dança da raposa” ou ainda do excêntrico saltitante Psy? Num passe de mágica todos se foram como chegaram e não deixaram saudades. A moda do momento agora é o “rolezinho”, uma nova modalidade de “diversão” praticada por jovens e adolescentes.Continue lendo ›

Opinião

Capilaridade republicana

De José Luiz Boromelo:
cabeloRecentemente o presidente do Senado fez uso de uma aeronave oficial em deslocamento ao estado de Pernambuco para fins estritamente particulares, onde se submeteu a cirurgia de implante capilar. O fato chamou a atenção por ser conduta recorrente, uma vez que em meados do ano passado Renan Calheiros viajou para seu estado natal utilizando o mesmo meio de transporte e por pressão da mídia acabou devolvendo aos cofres públicos o valor correspondente. Dessa vez o eminente senador já sinalizou a intenção de ressarcir o erário após uma consulta prévia à FAB (Força Aérea Brasileira), mas não pode alegar desconhecimento de portaria presidencial de 2002 que regulamenta o uso de aeronaves oficiais nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e em deslocamentos para o local de residência permanente. Continue lendo ›

Opinião

Perspectivas para 2014

De José Luiz Boromelo:
2014As emissoras de televisão costumam exibir no final do ano a retrospectiva dos acontecimentos relevantes que se tornaram notícia na mídia. Seria interessante que o expectador tivesse outras opções de informação e entretenimento nos moldes dos que são apresentados atualmente, porém com um enfoque diferente: as perspectivas para o próximo ano. Assunto é o que não haveria de faltar, em todos os setores. O Brasil é muito bem servido nesse quesito, por conta da índole de um povo naturalmente irreverente e meio “esquentado”. Mesmo sem ter bola de cristal para adivinhar os fatos mais interessantes que eventualmente poderiam ocorrer, de antemão poder-se-ia elaborar um rol considerável de acontecimentos que certamente fariam de qualquer programa televisivo uma atração imperdível.Continue lendo ›

Crônica

Comunicações

Do padre Orivaldo Robles:
padreorivaldoAlguém aí é do tempo em que Paulo Pimentel governou o Paraná? Quando secretário da Agricultura (1961-65) iniciou o aprimoramento do rebanho bovino. Apelidaram-no Paulo Nelore. Uma de suas marcas como governador (1966-71) foi o avanço das comunicações telefônicas. Antes, era um custo falar com São Paulo ou Rio. Com o Exterior, só se a vítima tivesse a paciência de Jó. Pimentel imprimiu à telefonia paranaense grande salto de qualidade. DDD e DDI, que pouca gente sabia o que significavam, passaram a integrar o vocabulário de qualquer capiau desta região. Atualmente, acostumados a ligar, sem dificuldade nem demora, para qualquer parte do mundo, os jovens nem se interessam pelo sentido dessas siglas. Precisam de tradução. Sobreviventes de outras eras, nós sabemos que elas querem dizer, respectivamente, discagem direta à distância e discagem direta internacional. É bom que todos aprendam. Vá que algum examinador invente de colocá-las entre as questões de concurso que, um dia, alguém venha a prestar. Nunca se sabe.Continue lendo ›

Opinião

Vergonha nacional

De José Luiz Boromelo
brigaMais uma vez o país foi destaque no noticiário dos principais jornais pelo mundo afora. Dessa vez não somos citados pelo magnífico carnaval com suas alegorias milionárias e mulheres ousadas, nem pela exuberância de nossas florestas inexploradas ou pelo futebol pentacampeão que produz e exporta continuamente jogadores de altíssimo nível. Tampouco pela diversidade de culturas regionais, que reúne uma miscelânea de etnias envoltas com o manto verde-amarelo da ordem e do progresso, estampado em nossa bandeira. No último final de semana um jogo de futebol trouxe novamente à tona um comportamento condenável que se repete com freqüência em nossos estádios. Uma briga entre torcidas deixou vários feridos logo às vésperas da Copa do Mundo, o maior torneio da categoria entre as melhores seleções do planeta.Continue lendo ›

Opinião

Ah, os políticos!

De Rodrigo Contessotto:
coxinhacoxinhaO Brasil possui uma sociedade perfeita e idônea. Vou te contar o que estraga esse país lindo: os políticos! Sim, os nossos representantes da administração pública. Esses caras são uns extraterrestres que caíram com suas naves nos cafundós do sertão. Logo que chegaram, desandaram a dar ordens e ocuparam os principais cargos. Ao contrário da honesta população brasileira que paga impostos em dias, não fura fila, devolve o troco errado e jamais utiliza-se do ctrl c + v para confeccionar trabalhos acadêmicos, esses caras fazem tudo errado! Verdadeiro câncer de nossa civilização cristã ocidental exemplar, a classe política rouba, rouba e, mesmo quando estão cansados de roubar, resolvem afanar mais um pouco.Continue lendo ›

Opinião

Meu primeiro Natal sem dom Jaime

De Cezar Lima:
Desde os meus tempos de mocinho, aprendi a gostar de dom Jaime Luiz Coelho, e nunca fui católico! Ele foi o 1º bispo e depois, também, o 1º arcebispo de Maringá. Era religioso severo e amoroso. Gostava de fazer amizades e várias e várias vezes esteve em casa de meus pais, Helena e Ary de Lima e tornou-se grande smigo de todos os meus familiares. Paulo Rubens, meu irmão, foi seu aluno na Faculdade de Ciências Econômicas de Maringá, que ele fundou, da mesma maneira que fundou a “Folha do Norte do Paraná”e é até impossível enumerar tantas e tantas obras que dom Jaime construiu, mas uma das mais importantes foi a Catedral de Nossa Senhora da Glória de imponente e arrojada arquitetura e que hoje abriga, em seu sub-solo, seus restos mortais.Continue lendo ›

Opinião

O conceito jurídico de meio ambiente

De Carolina Salles:
Em todo o planeta a cada dia o tema meio ambiente ganha maior espaço na mídia e nos debates políticos. É evidente que isso decorre do fato de que a cada dia, também, os problemas ambientais são maiores em quantidade e em potencialidade. De fato, o aquecimento global, o buraco na camada de ozônio, a escassez da água potável, a destruição das florestas são alguns dos problemas ambientais que colocam em risco a qualidade de vida e a vida do ser humano. Entretanto, na maioria das vezes a expressão meio ambiente tem sido utilizada de forma superficial pela mídia, deixando entender que meio ambiente é a mesma coisa que natureza ou recursos naturais. Isso faz com que a população confunda meio ambiente com a idéia romântica de coisas como a defesa das baleias ou a proteção de orquídeas raras, retirando do assunto toda a carga política ou ideológica. Na íntegra.

Maringá

Assessor com mau costume

A propósito da responsabilidade da inclusão de um artigo que dava mais 80% para os procuradores do município,  no projeto do PCCR, leitor faz um importante resgate. Quando o assunto tornou-se público, na quarta-feira, o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) teria se mostrado surpreso, não sabia da inclusão, teria assinado sem saber. Isso aconteceu também em 2012, quando, no exercício de mais uma interinidade, Pupin assinou sem saber a gratificação de representação de 100%. Quando soube, oficialmente, não podia mais voltar atrás por causa do período eleitoral, o que causou a revolta das outras classes. Então significa que tem assessor muito de perto do prefeito com, no mínimo, mau costume. O que todos sabem é que jamais algum suspeito de malandragem terá a orelha puxada no paço municipal, muito menos terá o cargo colocado em risco.Continue lendo ›

Opinião

Colonialismo na cultura

Por Pery de Canti:
colonialismoO mercado cultural com a sua singularidade de recursos financeiros advindos de políticas públicas e privadas, acompanha no decorrer dos últimos anos, a tramitação, discussão, realinhamento, aperfeiçoamento e fundamentalmente a implementação de um novo paradigma de fazer e realizar cultura, através do Procultura, e para tanto, levando-se em conta, as especificidades geográficas, mercadológicas e históricas de colonização (que se refletem nos polos industriais e financeiros do Brasil) distribuídos pelos cinco cantos deste país continental.
Notadamente que as riquezas alocadas em pilares das regiões Sudeste e Sul, vem acompanhada de uma questão antropológica, desenvolvimentista, fruto dos desbravamentos hispânicos colonialistas (sem contar nos portugueses, holandeses, ingleses…), reforçados por domínios eurocêntricos e a seguir, pela decisiva e participativa ação de fomento industrial estadunidense.Continue lendo ›

Opinião

Lista incompleta

De José Luiz Boromelo:
corrupçãoA notícia foi manchete nos principais jornais pelo mundo afora. A prisão dos réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470, conhecida como Mensalão foi o desfecho de uma novela que se prolongou por seis longos anos. Ao contrário de alguns prognósticos mais pessimistas, o caso não terminou em pizza e veio reforçar o sentimento de justiça diante do clamor popular. Depois de todos os recursos possíveis exauridos só restou ao presidente da Corte Suprema decretar a prisão dos acusados para o início imediato do cumprimento da pena. Um dos condenados, aproveitando-se da dupla cidadania buscou refúgio na Itália manifestando em nota a intenção de apelar para um novo julgamento naquele país, onde deverá solicitar asilo político.Continue lendo ›

Opinião

Dia Internacional de Luta contra a Violência sobre a Mulher

Por Tania Tait:
TaniaTaitO Dia Internacional de Luta contra a Violência sobre a Mulher, 25 de Novembro, busca mobilizar a sociedade, legisladores, instituições públicas e governos no mundo todo para por fim a esse tipo de violência. Em nosso país, dados fornecidos pela Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres indicam que o Disque 180 registrou 2,7 milhões de atendimentos de 2006 a 2012. Desse total, 329,5 mil (14%) eram relatos de violência contra a mulher enquadrados na lei. Os dados revelam que em 66% dos casos os filhos presenciam as agressões contra as mães. Os companheiros e cônjuges continuam sendo os principais agressores (70% das denúncias neste ano). Se forem considerados outros tipos de relacionamento afetivo (ex-marido, ex-namorado e ex-companheiro), o percentual sobe para 89%.Continue lendo ›

Opinião

O país do desperdício

De José Luiz Boromelo:
desperdicioO Brasil é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, com um excedente de 25% do que consome. De toda essa produção, grande parte é desperdiçada. Enquanto milhões de pessoas sofrem de desnutrição provocada pela ingestão insuficiente de alimentos o país persiste em acumular prejuízos imensos com um comportamento injustificável. No topo da lista estão os hortifrutigranjeiros, naturalmente mais suscetíveis aos efeitos dos maus tratos impostos por uma cultura relapsa e de difícil erradicação. Hoje, um terço do que é produzido no campo não chega à mesa do consumidor. Nessa cadeia perniciosa 10% dos alimentos perdem-se ainda na colheita e outros 50% durante o transporte e manuseio. Nas Centrais de Abastecimento 30% dos produtos são descartados. Nos supermercados e residências 10% são jogados fora. Segundo dados da Embrapa, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem como destino certo o lixo. Diariamente, desperdiçamos mais de 39 mil toneladas, quantidade suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar.Continue lendo ›

Opinião

Desenvolvimento comprometido

Por Enio Verri:
02/04 - Sessão plenáriaA Assembleia Legislativa aprovou no último dia 30 um projeto de lei do Poder Executivo que irá comprometer o desenvolvimento social e econômico do Paraná pelas próximas décadas. Trata-se do projeto que retira da Secretaria do Planejamento as atribuições mais importantes, como a elaboração dos Planos Plurianuais (PPAs), Leis de Diretrizes Orçamentárias, orçamentos anuais da administração direta e indireta e das estatais e o acompanhamento da execução fiscal e as delega para a Secretaria da Fazenda.
Dentro da gestão estadual, o Planejamento tem o papel de promover o equilíbrio social e processos de produção cada vez mais competitivos e menos excludentes. Continue lendo ›

Opinião

Em defesa das eleições para diretores das escolas municipais

De Ivana Veraldo:
A gestão democrática do ensino público foi consagrada no inciso VI do artigo 206 da Constituição Federal e reafirmado pelo inciso VIII do artigo 30 da LDB/96. O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação – projeto do governo federal que faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação, PDE – propõe a conjugação dos esforços da União, Estados e Municípios com as famílias para que seja implantada a gestão democrática nas escolas. Esse princípio parece ser, portanto, um consenso nacional! É defendido, inclusive, por campos ideológicos distintos: pelos neoliberais e pelos críticos da sociedade do mercado. Continue lendo ›

Opinião

Gás no Paraná

Por Amauri Escudero Martins:
Gov. Beto Richa recebe Amauri EscuderoA Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fará, ao fim de novembro, o leilão da 12ª Rodada de Licitações de 240 blocos de exploração e produção de petróleo e gás em sete bacias sedimentares localizadas em vários estados, entre eles o Paraná. Serão 130 blocos em bacias maduras, como a do Recôncavo Baiano e Sergipe-Alagoas, e 110 em áreas de novas fronteiras nas bacias do Acre, Parnaíba, Parecis, São Francisco e Paraná.
Na Bacia Sedimentar Paraná, serão leiloados 19 blocos de exploração e produção de petróleo, gás convencional e não convencional, sendo 14 no Paraná e cinco em São Paulo. É importante ressaltar que a Bacia Paraná vai do Uruguai até o Mato Grosso, passando por oito estados brasileiros.Continue lendo ›

Opinião

Violência contra a mulher no Estado do Paraná

Por Tania Tait:
TaniaTaitO Paraná teve um triste destaque na última pesquisa sobre a violência contra a mulher, figurando na lista dos Estados brasileiros que mais vitimam suas mulheres. Ocupamos, também, a posição de mais violento entre os 3 estados do Sul do Brasil.
Na primeira década dos anos 2000, houve a melhoria no atendimento às mulheres vítimas de violência, no entanto, os casos de vítimas têm aumentado. Alguns atribuem esse aumento aos canais de atendimento existentes, outros atestam que a violência aumentou. O fato é que, independente do motivo, a violência contra a mulher continua trazendo dados alarmantes, mesmo com a existência da Lei Maria da Penha.
Um estudo recente, divulgado em 25/09/2013, concluiu que a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, não conseguiu reduzir a taxa de assassinatos de mulheres no Brasil. Os dados mostram que de 2001 a 2006, a taxa de mortalidade era de 5,28 por 100 mil mulheres. Depois da implantação da Lei, de 2007 a 2011, a taxa ficou em 5,22. Continue lendo ›