Em Maringá, enquanto o Contorno Norte aguarda o reinício das obras, tem gente usando o local para descartar sofá. Se o prefeito especialista tivesse entregue os ecopontos prometidos há alguns anos, isso certamente não aconteceria, pois um deles chegou a ser construído nas proximidades.
Dois motociclistas que estavam tirando racha no Contorno Norte provocaram um acidente, por volta das 18h de hoje, nas proximidades do Atenas. Um dos rapazes, que seriam menores, acabou tocando na motocicleta de um homem que descia na mesma direção (do Ney Braga para o Miosótis); ele caiu e se machucou. Um dos dois que tiravam racha também caiu, levantou-se e fugiu.
O Contorno Norte tem servido de pista para motociclistas, e haveria até dias e horários programados para a bagunça.
(Fotos: Rigon e Nivaldo Silva)
Esta foi a manchete de O Diário no dia 20 de outubro de 2011. O impasse para a continuidade das obras do Contorno Norte teriam sido resolvidas numa reunião no TCU, com a presença do superintendente regional do Dnit e do deputado Francischini (PSDB), quando os termos do acordo foram definidos. Na prática, porém, a coisa não evoluiu. Quase cinco meses depois, mesmo com o acordo, que incluiu uma redução no valor do contorno, as obras continuam paradas e não houve assinatura do contrato para o início das obras da segunda etapa. Se a cidade não se mobilizar, corre-se o risco de o minhocão se tornar um elefante branco, inconcluso, cortando a cidade, sem utilidade.
O Contorno Norte, uma das obras mais polêmicas da gestão Silvio Barros II (nesta, repare-se, como ele próprio disse, há sócios), foi recentemente demarcado, para o início da segunda etapa, com menos R$ 10,5 milhões nos bolsos dos maringaenses. Pela quantidade de marcações no pavimento, será precisa uma boa reforma no que foi feito na primeira etapa.
Uma caminhonete da fiscalização do Dnit, seguida por outros dois veículos, circulou hoje à tarde no caríssimo Contorno Norte de Maringá. Anunciada há semanas, a retomada das obras ainda não começou. Talvez agora comece.
Pichação num dos viadutos inacabados do caríssimo Contorno Norte de Maringá. Aqui, em melhor resolução.
Grupo de crianças se diverte perigosamente num dos viadutos saci pererê do Contorno Norte, em Maringá. Por falar nisso, a obra não foi retomada como anunciado? Aqui, em melhor resolução.
A outra ponta do Contorno Norte, em Maringá, na saída para Paranavaí. Foto: Construtora Sanches Tripoloni. Aqui, em melhor resolução.
Foto aérea do Contorno Norte, em Maringá, com o viaduto na entrada de Sarandi. Foto: Construtora Sanches Tripoloni. Aqui, em melhor resolução.
Numa das pistas do Contorno Norte, próximo à Coca-Cola, os obstáculos colocados recen temente para impedir a passagem de veículos foram derrubados. Motociclista já passa.
Nos jornais, a retomada das obras do Contorno Norte de Maringá já foi noticiada há várias semanas, mas na prática ainda não começou. A retomada, depois de um descontinho de quase R$ 11 milhões no orçamento previsto (dá para se ter uma ideia de como algumas famílias lucraram) e da liberação formal por parte do TCU, que avalizou o acordo, vai acontecer mesmo é nos primeiros dias de janeiro, possivelmente já no próximo dia 2.
O Observatório das Metrópoles realiza nos próximos dias 17 e 18 o II Seminário Segregação e Crescimento Urbano na Região Metropolitana de Maringá, com a participação do Mestrado em Políticas Públicas e de Ciências Sociais. O primeiro seminário divulgou dados de uma pesquisa sobre o PAC Santa Felicidade. Nesse segundo, o debate apresenta informações sobre o Contorno Norte. Mais de 350 famílias moradoras do entorno da obra foram entrevistadas e falaram sobre os impactos desse projeto em suas vidas.
A abertura do evento, quinta-feira às 19h30, terá a participação do arquiteto e urbanista Alexandre Pedrozo, que faz parte de uma cooperativa de Curitiba, a Ambiens. Ao lado dele estará a coordenadora do Observatório das Metrópoles da UEM, professora Ana Lucia Rodrigues.Continue lendo ›
