Depois que parte da coleta do lixo foi terceirizada para a Transresíduos aumentaram as reclamações em relação ao desleixo dos coletores. Os contratados da empresa – para a qual, quando assumiu, Silvio Barros II deu US$ 1 milhão sem licitação – são responsabilizados por munícipes de deixar lixo para trás, quebrar garrafas e não recolhê-las e muitas vezes simplesmente não recolher o lixo, chutando pelas ruas.
A Transresíduos Transportes de Resíduos Industriais Ltda. – aquela que foi contratada sem licitação por redondo US$ 1 milhão logo após a posse de Silvio Barros II (PHS), em 2005 – tornou público que vai requerer ao Instituto Ambiental do Paraná a licença prévia para a coleta e transporte de resíduos urbanos e industriais classe I, IIA, IIB e resíduos de serviços de saúde, a ser implantada na avenida Sinclair Sambatti, 2.756, no Jardim Universo.
A empresa enfrentava até recentemente problema de licença junto à Prefeitura de Maringá. Continue lendo ›
Reportagem da RPC informa que o prefeito de Maringá abriu uma grande exceção, que pode se estender a outras empresas: pagará R$ 1,2 mil por dia a cada caminhão alugado junto à Transresíduos (aquela que foi contratada sem licitação por Silvio Barros II em 2005 por US$ 1 milhão), apesar de não possuir alvará e ter sido multada pelo município.
A RPC exibiu ontem à noite e hoje no Bom Dia Paraná reportagem sobre a Transresíduos, aquela, contratada para a coleta de lixo em Maringá mas que não possui alvará de funcionamento da prefeitura. Desde que foi contratada sem licitação, em 2005, pelo ex-prefeito Silvio Barros II (PHS), por exatos US$ 1 milhão, a empresa tem ligações estranhas com a administração – e que permitem por exemplo que ela participe e vença licitação sem possuir a documentação exigida.
Apesar da apresentação dos caminhões ontem na Semusp – e com a devida omissão da mídia amiga, que prefere não questionar o sucateamento dos equipamentos de coleta de lixo para justificar o gasto superior a R$ 1,1 mil diários com o aluguel de cada veículo -, a Diretoria de Licitações da Prefeitura de Maringá notificou ontem a Transresíduos. Foi dado prazo até a próxima sexta-feira às 17h para que a empresa apresente as planilhas de formação de custos, conforme exigido na licitação, e possa então assinar a ata de registro de preços. O não comparecimento implicará em penalidades.
Vários caminhões da Transresíduos chegaram hoje na Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Maringá para a coleta de lixo. A privatização do serviço avança, na prática, enquanto a administração sucateia a frota da Semusp, segura a CPI do Lixo e busca uma nova PPP bilionária. A prefeitura só não quer saber de ouvir a comunidade, pois o lixo é a joia da coroa.
Como a memória do maringaense é fraca, não custa recordar: a Transresíduos recebeu o equivalente a 1 milhão de dólares dos cofres públicos, sem licitação, logo depois que Silvio Barros II (PHS) assumiu a prefeitura, em 2005. Circulou à época que a empresa tinha ligações com o sócio do então vice-prefeito, Carlos Roberto Pupin (PP), o empresário Edenilso Rossi, da Sial, que por sua vez é amigo íntimo do ex-prefeito e um dos principais financiadores de suas campanhas. Pupin disse que nada tinha a ver com as atividades do então sócio.
O fato, que resultou em ação civil pública ajuizada pelo MPE, marcou a entrada da Transresíduos no mercado maringaense e até em cidades da região. Desde então, a situação do lixo nunca foi efetivamente resolvida pela administração municipal. Hoje as conversas de bastidores são de que tem sócios muito poderosos.
De Valter Velozo, na Tribuna do Interior:
Para resolver um problema que estava incomodando a população, a Prefeitura de Peabiru contratou os serviços de coleta seletiva do lixo de forma emergencial por 90 dias. A responsabilidade ficou com a empresa Transresíduos, de Curitiba, que tem filial em Maringá. A empresa contratada vai disponibilizar dois contêineres para receber o lixo recolhido. Um caminhão e uma equipe está sendo contratada na cidade para fazer a coleta três vezes por semana – segunda, quarta e sexta-feira – e levar para um terreno de 14 mil metros quadrados ao lado do antigo lixão, a 3 km da cidade. Os dois contêineres vão receber todo o lixo prensado e o levarão duas vezes por semana para o aterro de Maringá, onde será depositado definitivamente. Pelos cálculos da prefeitura, serão coletadas mais de oito toneladas de lixo domiciliar por dia. Leia mais.
Foi publicada na última sexta-feira decisão do juiz convocado Márcio José Tokars (substituindo o desembargador Valter Ressel), determinando o encaminhamento dos autos da ação penal 637.950-4 à comarca de Maringá, considerada competente para processar e julgar o ex-prefeito Silvio Barros II (PP), acusado pelo Ministério Público de ter praticado atos ilícitos. Como o investigado não está mais exercendo o cargo de prefeito, Silvio Barros II deixou de ter a prerrogativa de foro especial prevista na Constituição estadual e, considerando que não se trata de benefício pessoal, o juízo de primeiro grau passou a ser competente para processar e julgar o caso.
Em outubro de 2010, por unanimidade, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná aceitou a denúncia feita pelo MP, sem decreto de prisão nem afastamento do cargo, de acordo com voto do relator, desembargador João Kopytowski. O ex-prefeito é acusado de crime contra a administração pública ao celebrar, em 2006, contrato com a Transresíduos e ter permitido a alteração de cláusulas previstas, em detrimento dos interesses da municipalidade, prejudicando, em especial, a recuperação ambiental do lixão de Maringá.
A Prefeitura de Maringá confirmou no último dia 7 um aditivo ao contrato de prestação de serviços firmado em janeiro de 2008 com a Transresíduos Transportes de Resíduos Industriais Ltda., que tem sede em Curitiba. Foram acrescentados mais três meses ao contrato, que entra em seu quinto ano, a partir do último dia 8. A empresa receberá agora R$ 43.927,05 por mês, totalizando R$ 131.781,00.
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento contratou de forma emergencial a Transresíduos Transportes de Resíduos Industriais Ltda., por seis meses, a partir deste mês, para realizar os serviços de coleta, transporte, pesagem e destinação final de resíduos sólidos urbanos da unidade de Maringá da Ceasa. A empresa receberá R$ 269.508,00 (valor máximo).
Entrou em vigor no último domingo o quarto aditivo ao contrato que a Prefeitura de Maringá firmou em 2008 com a Transresíduos Transportes e Resíduos Industriais Ltda. (aquela que foi beneficiada com a primeira dispensa de licitação da gestão Silvio II, em 2005, recebendo o equivalente a US$ 1 milhão). O município pagará R$ 43.927,05 mensais, ou R$ 527.124,60 por mais doze meses de contrato.
