Dois políticos de Maringá, mostra o site da Justiça Eleitoral, empobreceram de dar dó de 2014 para cá – e isso apesar de terem vencimentos de mais de R$ 30 mil mensais nos últimos anos. É o que mostram as declarações de bens da governadora Cida Borghetti (PP) e do deputado federal Enio Verri (PT).

Em 2014, Cida Borghetti, então vice de Beto Richa (PSDB), declarou ter R$ 805.911,56 de patrimônio pessoal; passados quatro anos, Cida, que recebe R$ 33.763,00 mensais, viu seus bens reduzidos quase à metade: R$ 481.287,30.
Melhor sorte tiveram seu marido, Ricardo Barros – que em 2014 declarou R$ 1.821.481,39 e, este ano, R$ 5.529.650,21 -, e sua filha, Maria Victória, que passou de R$ 17.100,00 para R$ 866.154,07. Não se sabe se Barros, que é autor do livro “De olho no dinheiro do Brasil: orçamento da União, agora você pode participar”, pensa em publicar uma nova obra, com detalhes da multiplicação.
Os números declarados por Enio Verri são mais surpreendentes: os R$ 971.249,19 de quatro anos atrás viraram R$ 136.499,00. Se em 2014 os valores incluíram quase R$ 150 mil em dinheiro vivo e depósito bancário, agora são R$ 18 mil em espécie, em moeda estrangeira. Se em 2014 ele tinha três carros (um Hiunday Tucson, um Ford Ka e um Fiat Palio Fire), desta vez não declarou possuir nenhum automóvel.
Em 2010, Verri tinha declarado bens no total de R$ 760.186,79.
Como a declaração de bens da também petista Gleisi Hoffmann apareceu com R$ 34.284,00 – bem abaixo dos R$ 1,4 milhão que havia reclado em 2014, o blog perguntou à assessoria de Enio Verri se também houve erro da Justiça Eleitoral, alegação feita pela senadora para justificar a redução. Segundo a chefia de seu gabinete, Verri “empobreceu e muito” nesses quatro anos.