Ex-presidente do PSDB fez doações ao PT, Pros e DEM

Não foi somente a Carlos Mariucci, do Partido dos Trabalhadores que o empresário Wilson de Matos Silva (na foto, ao microfone),, ex-presidente municipal do PSDB, ex-suplente do senador Alvaro Dias (Podemos) e proprietário da Unicesumar, fez doação política em Maringá nesta eleição. O PT recebeu R$ 10 mil, enquanto o deputado estadual Homero Figueiredo Lima e Marchese (Pros), ligado ao MBL, recebeu R$ 40 mil, assim como o deputado estadual Dr. Batista (Democratas).

Os R$ 40 mil doados ao Dr. Batista são os únicos recursos que entraram em sua campanha, de acordo com a declaração feita à Justiça Eleitoral. Com isso, até agora, o empresário é o maior doador individual a candidatos a prefeito deste ano.

Marchese recebeu a maior de seus recursos do fundo especial: R$ 100 mil dos R$ 147.750,00 declarados. Ele já fez gastos de R$ 357.617,00, dos quais R$ 18.340,00 foram pagos. R$ 85.976,00 são para uma gráfica e R$ 55 mil para uma empresa de contabilidade. Em março o parlamentar havia defendido que fundos de poderes fossem destinados ao combate à pandemia.

Candidata do PP, Coronel Audilene é a que mais recebeu recursos do fundo especial: R$ 473.550,00, dos quais gastou R$ 187.973,97. Deste valor, 27% foram com advogados e 26% com o impulsionamento das redes sociais e gestão de mídia, totalizando neste quesito R$ 58.750,00.

Ex-secretário das administrações do PP, José Luiz Bovo (Pode) recebeu R$ 486.803,20, sendo R$ 100 mil do próprio bolso e R$ 386.803,20 do fundo especial. Bovo declarou gastos de R$ 10 mil.

O prefeito Ulisses Maia declarou receitas de R$ 99.630,00, sendo a maioria de doações diversas. Seu maior doador até o momento é o empresáro Fernando José de Faia Ferraz (R$ 15 mil), seguido do diretório municipal (R$ 10 mil). Ele contratou despesas de R$ 84.218,00 até o momento.

Valdir Pignata, candidato a prefeito pelo Cidadania, declarou R$ 42.090,00 de recursos totals recebidos via fundo especial, e gastos de R$ 23.188,33.

Dos 13 candidatos a prefeito, Evandro de Freitas Oliveira (PSDB) declarou ter o maior patrimônio e sua campanha tem receita de R$ 31 mil, depositados por ele mesmo, Eliseu Fortes, do Patriota, colocou de seu bolso R$ 8.625,00 na campanha, não tendo ainda declarado despesa.

A campanha do Professor Edmilson, do PSol, recebeu por enquanto R$ 3.715,00, dos quais gastou R$ 275,46.

Não fizeram prestação de contas até agora Akemi Nishimori (PL), Annibal Bianchini (PTC) e Rogério Calazans (Avante)

TRÊS DATAS DA INDEPENDÊNCIA – Wilson da Silva Matos, em ato público realizado em maio de 2016, disse que o dia da cassação da petista Dilma Rousseff foi a terceira independência do Brasil. Para ele, as independências anteriores foram a de 7 de setembro de 1822 e 31 de março de 1964, data do golpe militar, “porque eram esses que queriam assumir o poder lá”, disse, referindo-se aos petistas. Este ano ele fez doações ao PT e ao Pros, que apoiou o PT em 2018.

Ele foi indicado ao Conselho Nacional de Educação, mas renunciou às vésperas da posse. Um de seus filhos comanda uma ONG que está entre as que receberam mais recursos do programa Pátria Livre, por ser aliada da ministra Damares Alves. Originalmente o dinheiro seria destinado para aquisição de testes para covid-19.