Pedágio: uma vergonha no Paraná

O que o povo paranaense espera é um fim ao modelo vergonhoso de renovação de contratos de concessão de rodovias com duração de quase um quarto de século, a exemplo dos que se encerram no próximo dia 27 de novembro deste ano.
Não basta a confissão cínica dos atuais gestores de concessões que tiveram 24 anos para a realização de obras, tais como a Caminhos do Paraná, a Rodonorte ou os contornos das obras polarizadas por Maringá e Londrina, mas que não as fizeram. Ora, os tais gestores devem ser denunciados pelo Ministério Público, porque se apropriaram do dinheiro pago pelos usuários, processados, condenados a devolver ao Estado os valores recebidos indevidamente e presos por crime de estelionato.

Ora, o nosso DER (Departamento de Estradas e Rodovias) em convênio com o Ministério dos Transportes, já provou que no passado foi capaz de responder pela adequada pavimentação e manutenção de nossas rodovias.

Seria imoral a subscrição de novos contratos pelo governo do Estado a vilões que aqui implantaram um dos modelos mais de pedágio mais caros do Brasil e que já se revelaram ‘fura- contratos’ nos últimos 24 anos.
Vejam, como ilustração, a irresponsabilidade: a VIAPAR, agora às vésperas do término da vigência do contrato, está até prometendo que em três anos haverá de realizar três contornos na região de Maringá, mas há quantos anos vem se locupletando com cobranças abusivas dos usuários, se comparados, por exemplo, com os valores praticados no vizinho Estado de Santa Catarina?

É preciso acabar com este modelo: o povo paga, a obra não sai e tudo fica como antes. Basta de exploração.


(*) Tadeu França , ex-deputado federal constituinte.

(Foto: ANPr)