Pré-candidatos e a construção da pior cidade do mundo

A cidade se apequena no discurso ainda mais curto de quem busca votos no argumento frágil da crítica sem a contrapartida de propostas

A rotineira prática aplicada à exaustão em campanhas políticas, de desconstruir o adversário apontando seu descaso com a cidade, se torna bizarra no esforço de pré-candidatos desconectados com a verdade do lugar onde vivem. O recorte da suposta incompetência alheia transformam buracos em crateras, matagal em florestas e tempo de espera para atendimento numa unidade de saúde num calvário eterno.

A cidade se apequena no discurso ainda mais curto de quem busca votos no argumento frágil da crítica sem a contrapartida de propostas. Seguem a cartilha da pré-campanha, de chamar atenção não pelo que podem apresentar, mas o que adversário não fez. Receita que expõe alguns pré-candidatos ao ridículo, ao demonstrarem desconhecimento mínimo de gestão pública. Outros parecem ter feitos descobertas inimagináveis.

Fiotões no jogo e outros nem tantos capricham para fazer de Maringá a pior cidade do mundo. Não há nada de bom por aqui. Tudo é pela metade, ou caindo no buraco ou escondido pelo mato. O esforço é tamanho que não sobra nada positivo, além do sujeito arrumado no figurino, em frente a um celular e de costas para problemas que não imaginava existir até agora. Triste enredo de uma campanha, como tantas, que promete mais do mesmo.

Arte s/ foto de Roberto Dziura Jr/AEN