A eleição está aí
Do padre Orivaldo Robles:
A Constituição brasileira, no Parágrafo único do Art. 1°, dispõe que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos…”. Filosoficamente a afirmação é um pouco discutível, mas deixa pra lá. Entendemos que aqui se fala do poder político. Após décadas de submissão aos governos militares, o Congresso Nacional, em outubro de 1988, vencidos dois anos de trabalho, apresentou aquela que Ulysses Guimarães chamou a “constituição cidadã”. O brasileiro de 43 anos de idade, até então tratado como criança pela ditadura, recobrava o direito de escolher seus dirigentes políticos. Era para muitos brasileiros a primeira vez que podiam eleger o supremo mandatário da Nação. Não para mim, que já a tivera em 1960, um ano depois de receber o título de eleitor. Na ocasião, concorriam Jânio Quadros (PDC + UDN), Henrique Teixeira Lott (PSD + PTB) e Adhemar de Barros (PSP).
Para o bem ou para o mal, somos diferentes de outros povos. Ligamo-nos mais ao futebol do que à política. Continue lendo ›