luiz fernando cardoso

Política

O haitiano estava certo

Por Luiz Fernando Cadoso:

O corajoso haitiano de Brasília estava certo: “Bolsonaro, acabou”. Depois do desastroso pronunciamento feito em cadeia nacional, na noite desta terça (24), o presidente Jair Bolsonaro deu um passo gigantesco rumo ao impeachment. E desta vez, não dá pra dizer que “a culpa é do PT”.

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Homenagem

Luiz, respeita Januário

Por Luiz Fernando Cardoso:

Como repórter da área de política, no extinto jornal O Diário, cobri a Câmara Municipal por vários anos. Alguns vereadores me diziam que eu era mais assíduo nas sessões ordinárias da Casa do que alguns de seus pares – o que não deixava de ser verdade.

O foco da cobertura costumava estar nas sessões, duas delas por semana, muitas vezes com pautas polêmicas. Houve até mesmo o caso de um vereador que se despiu diante do plenário para tentar interromper uma votação. Coisas do arco da velha em uma casa legislativa que hoje, felizmente, está mais comportada.

O curioso é que algumas das melhores matérias não surgiam da pauta ou de votações polêmicas, mas daquilo que não estava escrito na ordem do dia. Os babados dos corredores nem sempre são percebidos por quem não é funcionário da Câmara, eram aí que entravam as fontes e seus offs, oferecendo subsídios para que os jornalistas traduzissem em matérias os rumores dos bastidores da política.

O jornalista Lauro Barbosa era uma fonte valiosa, assim como tantos outros assessores parlamentares. Todos procuravam enaltecer o papel de seus vereadores, o que se espera do assessor, cabendo ao repórter filtrar a mera promoção do político daquilo que era realmente de interesse público. Nesse cenário, Lauro era um dos mais bem informados, sempre com casos apetitosos, prontos para virar ótimas notícias – manchetes, talvez.

Ultimamente, mesmo com a saúde debilitada, Lauro tirava um tempo para compartilhar meus textos de assessoria sindical ou, ainda, para divulgar meus e-books de crônicas. Vender livros não é tarefa fácil, não no Brasil, de pouca leitura e de muito WhatsApp e fake news. O amigo sabia disso, e fazia questão de ajudar. No entanto, quando eu o encontrava pela cidade, preferia relembrar os bons tempos na Câmara a falar dos livros. Triste saber que isso não será mais possível.

Neste último dia de janeiro de 2020, Lauro partiu para um outro plano, não sem antes lutar contra uma série de problemas de saúde, alguns dos quais ele compartilhava com amigos em suas redes sociais. Foi assim também no leito de morte, em postagem com tom de despedida. “Me despeço de vocês para um até breve, um abraço para todos vocês e fiquem com Deus”, escreveu, em seu Facebook, menos de uma hora antes de o jornalista Angelo Rigon noticiar sua morte.

No luto, família, amigos, colegas, cada qual procura resgatar da memória boas lembranças de quem diz adeus. Com uma simpatia rara, quando me encontrava na sala de imprensa do plenário da Câmara, antes mesmo de um bom dia ou boa tarde, Lauro toda santa vez dizia: “Luiz, respeita Januário”.

Mas antes de fazer bonito de passagem por Granito
Foram logo me dizendo:
“De Taboca à Rancharia, de Salgueiro à Bodocó, Januário é o maior!”
E foi aí que me falou meio zangado o véi Jacó:
Luiz, respeita Januário
Luiz, respeita Januário
Luiz, tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
E com ele ninguém vai, Luiz
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!

Sempre que eu ouvir alguém falar Januário, vou me lembrar da canção de Luiz Gonzaga. Culpa sua, caro Lauro. Descanse em paz, querido colega. Maringá perde uma grande figura, dessas que fazem falta.

Luiz Fernando Cardoso, jornalista

(Montagem s/ ilustração de Clarisse Trevas)

Verdelírio

Vê + 1 café

De responsabilidade do jornalista Luiz Fernando Cardoso, está circulando a primeira edição da publicação Vê + 1 Café, com informações, curiosidades, piadas e amenidade. Com circulação mensal terá distribuição gratuita, principalmente nas lanchonetes e panificadoras.Continue lendo ›

Meio Ambiente

Sozinho, aposentado planta 25 mil árvores e recupera área degradada

Matéria do jornalista Luiz Fernando Cardoso, publicada hoje na Gazeta do Povo:

“Quem disse que uma andorinha só não faz verão?” O comentário de um popular na internet sobre o Parque Linear Tiquatira resume bem a história por trás do verde de uma das principais áreas de lazer e recreação da Zona Leste de São Paulo. Às margens do córrego que dá nome ao bosque, as mais de 25 mil árvores presentes surgiram, em sua maior parte, da perseverança de um único cidadão. Continue lendo ›

Leitura

Vem aí

Luiz Fernando Cardoso avisa: já está no forno seu primeiro livro, o e-book “Orfeu e Violeta: E outras histórias lá de Pato Branco”.

Blog

Vai sobrar alguém?

luiz-fernando-cardoso

Aumenta a legião de comunicadores atacados pelo vereador Homero Marchese: hoje, no Facebook, ele criticou o jornalista Luiz Fernando Cardoso, de O Diário, pelo fato de ele também assessorar o Sismmar. Chega a colocar em dúvida sua ética.Continue lendo ›

Educação

Acima do teto

Reportagem de Luiz Fernando Cardoso, publicada ontem em O Diário, mexeu na polêmica questão dos super-salários do funcionalismo público estadual.
Das sete universidades estaduais mantidas com o dinheiro do contribuinte paranaense, cinco têm em seus quadros servidores com remunerações acima do teto de R$ 33.763,00. Na UEM são 22 servidores nesta situação. Continue lendo ›