Como em 2012, Pupin soube antes o que aconteceria no TSE
O blog encaminhou ontem ao gabinete da ministra Laurita Vaz, do TSE, mensagem pedindo confirmação do seu voto, anunciado antecipadamente pelo prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) no programa de televisão do ex-deputado federal Pinga Fogo de Oliveira, sócio de seu coordenador de campanha, Ricardo Barros. O gabinete não respondeu. Hoje, a ministra, ao ler seu parecer, pareceu visivelmente titubeante, nervosa, e omitiu trechos que poderiam aclarar (ou não) o seu voto. Anunciou que havia encaminhado cópia do voto a todos os ministros. Seu desempenho confirmou a suspeita: Pupin não mentiu quando falou ontem à tarde que a ministra tinha entendido a tese de sua defesa. Ele teve acesso antecipado – possivelmente, com mais de 48 horas de antecedência – ao teor do voto-vista. Não será a primeira vez que o títere tem privilégios quando se fala em TSE em Maringá: ele soube com 24 horas de antecedência que o ministro Marco Aurélio havia contrariado a unanimidade do TRE-PR, que havia lhe negado a candidatura, e liberado de forma monocrática sua participação na disputa (aqui e aqui). Isto está nas redes sociais, pois houve comemoração antecipada, já numa carreata que saiu do Conjunto Cidade Alta. Se eles têm este tipo de privilégio, quem somos nós, o resto, para exigir alguma coisa – como justiça, por exemplo?